Qual o passo a passo para o tratamento de Cálculo Renal?

 em Cálculo Renal

Existem varias medidas que devemos adotar para tratamento ou seguimento de um paciente portador de cálculos renais (pedras nos rins). O primeiro passo é entender como está a situação naquele momento, ou seja, ter a informação sobre a quantidade, tamanho e localização dos cálculos.

Cálculos pequenos com dimensões de 5 mm ou menos, quando presentes dentro dos rins, costumam não doer nem tão pouco gerar “transtornos” ao paciente . Quando os cálculos são maiores e estão dentro dos rins, algumas opções de tratamento são propostas, como Ureteroscopia Flexível com Laser, uma cirurgia endoscópica percutânea ou mesmo uma Litotripsia Extracorpórea.

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A Litotripsia Extracorpórea é a técnica onde utilizamos ondas mecânica para a fragmentação dos cálculos. É indicado ao procedimento os pacientes portadores de cálculos localizados em teço médio, superior ao rim ou na pelve uretral proximal. Este procedimento não é realizado em gestantes ou pacientes com problemas de coagulação. Atualmente há tecnologias e materiais minimamente invasivos que proporcionam melhores resultados e ao paciente.

Por outro lado quando os cálculos estão no trajeto do ureter – impossibilitando o fluxo normal de urina e desencadeando a tão temida cólica renal, o tratamento endoscópico através da Ureteroscopia é a melhor alternativa . Há situações, onde há a eliminação espontânea de micro cálculos, que geralmente possuem dimensões menores que 5 mm.

O conceito mais importante que nós urologistas devemos passar aos pacientes, é que a ingestão adequada de água, o consumo comedido de sal e alimentos industrializados ainda são as melhores “armas” no combate ao cálculos renais. Para aqueles pacientes que possuem históricos familiares e pessoais de problemas com pedras nos rins, é fundamental o seguimento regular com especialista para prevenir eventuais complicações.

O que fazer quando há pedra no canal?

Talvez, essa seja a causa mais comum dos cálculos renais se “expressarem” de alguma forma. É justamente nessa situação, quando a pedra está impactada no canal, que o paciente desenvolve um quadro de dor intensa, muitas vezes acompanhada de náuseas, vômitos, sudorese fria e inquietação.

Acontece uma obstrução na passagem do fluxo urinário, ocasionando todo o quadro antes descrito. Diante desse cenário, o urologista deve atuar prescrevendo ao paciente analgésicos potentes, bem como realizar exames que mostrem a exata dimensão e local do cálculo. O melhor exame nesse caso é a tomografia de abdômen sem contraste.

É necessário também descartar algum processo infeccioso associado. Diante dessa situação caberá ao urologista e seu paciente definirem se o tratamento será clinico (ou seja – aguardar a eliminação espontânea do cálculo) ou cirúrgico, onde o médico através de uma cirurgia endoscópica, acessará o local da obstrução e irá retirar ou fragmentar o cálculo, liberando o fluxo urinário.

Como eliminar um cálculo renal?

Na maioria das vezes essa conduta de “aguardar “ para o cálculo ser eliminado, deve ser compartilhada entre paciente e seu médico, assim, será possível na maioria das vezes quando estiver diante de um cálculo cujo tamanho não é grande (em media até 5 mm) e também quando o paciente não está com algum quadro infeccioso associado.

Respeitando essas condições é perfeitamente possível propor um tratamento “expulsivo” na tentativa de eliminar espontaneamente a pedra.

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