Cistite de Repetição em mulheres: Fatores de risco e tratamento
Cistite é definida como a infecção do trato urinário que afeta exclusivamente a bexiga.
As mulheres são muito mais suscetíveis à infecção urinária em comparação aos homens. Cerca de 50% serão acometidas em alguma fase da vida e 20 a 30% apresentarão recorrência.
Os principais fatores de risco
Os principais fatores de risco da Cistite de Repetição são:
- Anatomia feminina: A uretra da mulher é curta, facilitando o acesso das bactérias à bexiga.
- Atividade sexual: Mulheres sexualmente ativas são mais acometidas por cistite. Presume-se que durante o intercurso sexual, a “massagem” da uretra facilite a entrada de bactérias no trato urinário.
- Menopausa: A diminuição dos níveis de estrogênio provoca alterações na mucosa genital que torna a mulher mais vulnerável à infecção.
- Gravidez: Gestantes são mais suscetíveis à infecções do trato urinário.
A cistite de repetição é definida como a ocorrência de dois episódios num intervalo de seis meses ou mais de três episódios em um ano.
Apesar de na maioria dos casos não se detectar causas específicas, deve-se realizar uma investigação mais criteriosa para afastar outros fatores de risco como, por exemplo, anormalidades anatômicas no trato urinário.
Tratamento da Cistite de Repetição
O tratamento da cistite de repetição compreende desde hábitos de hidratação, higiene íntima, reposição hormonal tópica (na menopausa) e frequentemente o uso de antibióticos a longo prazo, porém numa dose menor que denominamos profilática (preventiva).
A profilaxia antibiótica pode ser realizada de duas maneiras:
- Pós-coito: Nas mulheres que associam episódios de cistite sempre após o ato sexual.
- Contínua de longa duração: Dose diária por um período de no mínimo seis meses.
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