O que é vasectomia?
Conheça mais sobre esse método de esterilização masculina
A vasectomia é um método cada vez mais popular para o planejamento familiar. Cada vez mais homens procuram os serviços de Urologia para deixarem de ser férteis.
Essa pequena operação, feita com anestesia local, interrompe definitivamente o canal, chamado de ducto deferente, que leva os espermatozoides dos testículos para a uretra. Assim, o homem continua a ejacular, pois a maior parte do esperma vem da próstata e das vesículas seminais, mas sem espermatozoides.
A vasectomia é considerada um método de esterilização e não de anticoncepção, pois estes são métodos temporários como a pílula ou o DIU, usados pelas mulheres.
Embora a vasectomia possa ser revertida por meio de uma operação muito mais delicada, o potencial de fertilidade do homem vai caindo proporcionalmente ao tempo em que ele passa vasectomizado.
De acordo com a lei 9.263, publicada no Diário Oficial da União em agosto de 1997, sobre a regulamentação do planejamento familiar, a vasectomia pode ser feita em qualquer homem com mais de 25 anos ou, pelo menos, com dois filhos vivos ou nos casos onde a gravidez do cônjuge poderá gerar risco de vida. Ou seja, a legislação brasileira permite que ela seja realizada mesmo em que não tem filhos.
Reversão de vasectomia
Embora a vasectomia possa ser revertida por meio de uma operação muito mais delicada, o potencial de fertilidade do homem vai caindo proporcionalmente ao tempo em que ele passa vasectomizado. Assim, se antes da operação ele tinha uma capacidade de 100% de conseguir uma gravidez, depois de 10 anos esta capacidade vai ser de 40%. Isto acontece porque quando os deferentes são interrompidos, os testículos continuam a produzir espermatozoides, mas como esses não conseguem ser ejaculados vão morrendo e sendo absorvidos pelo sangue. Consequentemente, formam-se substâncias no sangue contra esses espermatozoides, que são considerados como estranhos. Estas substâncias são os anticorpos.Se o paciente se submete à reversão da vasectomia, os seus espermatozoides, quando novamente ejaculados, já não vão funcionar como antes da vasectomia por causa desses anticorpos.
Por esta razão, a decisão pela vasectomia tem que ser bastante consciente, pois ela implica uma perda da fertilidade; além disto os métodos alternativos de anticoncepção estão cada vez mais eficientes e com menos efeitos colaterais. O casal tem que levar em consideração que a vida é dinâmica e uma decisão tomada aos 28 anos pode não fazer mais nenhum sentido aos 38 anos, principalmente para o homem que é fértil até praticamente a morte.
Uma maneira eficaz, embora cara e não acessível a todos, é a preservação de espermatozoides em bancos de sêmen que pode funcionar como um seguro. Caso no futuro o casal ou o homem, com uma nova parceira, deseje uma nova gestação o sêmen congelado pode ser inseminado na mulher com altas chances de sucesso.
Avaliada com cuidado e realizada nos homens indicados a vasectomia é uma excelente forma de esterilização, que não traz riscos maiores à saúde e nem influencia a função sexual.
Informações: Sociedade Brasileira de Urologia
Dr. Sidney Glina – São Paulo, SP
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